22 fevereiro 2010

Um dançarino chamado Romeu

A dança mundana que engana quem ama, o ferro que corta e entorta o coração da dama que na cama ou na chuva se tranca, mas a chave que arranca é dura e santa como o beijo da flor.

Pulsa somente a dor em pretos e brancos, que ainda sim possui muitas cores, o café que esquenta a lágrima não é a mão que vira a página. Em lata, o peixe espreme entre os olhos a vontade de gritar, eu amo o pranto e o desencanto ao beijar.

Sinto falta da pele que em meio seio viera repousar, amanheceu e com ele um novo eu, quem sabe o que se passa entre os cabelos de Romeu? Julieta tem a fruta e já sabemos quem a comeu.