22 fevereiro 2010

A tristeza da felicidade

Na padaria, bolo de fubá e chá, na mente toda energia positiva, quando a maré está para peixe, a rede volta cheia, nem é preciso muita força para que as coisas funcionem de maneira correta.
Sua voz muda e as deveras borboletas te tocam, mesmo longe dos jardins do éden.

A felicidade se encontra na simplicidade do ser, no sorrir de uma agradável companhia, a cerveja gelada da praça com suas molduras de artistas desconhecidos, um piscar de olhos, e tudo toma forma abstrata, porém muito radiante aos corações. Feliz em estado de espírito e não em condição social; não é preciso possuir as mais belas casas, mas sim estar no melhor lugar do mundo, ou seja, esteja apenas dentro de você.

Tanto tempo longe de você só serviu para mostrar o quanto é bom não ter você por perto. Nessa felicidade plena é fácil visualizar a falsidade do seu viver, não paro de sonhar com minha vida modesta e fecunda, muito mais rica em cultura do que futilidade, pois isso você só encontra nos subúrbios embriagados dos que possuem o dom de ter o que conquistar com suor e raça.
Na grandeza desse instante andamos de mãos dadas pelo mesmo caminho.