02 dezembro 2015

Anjo Negro

Era um anjo negro,
Que descia entre as lagrimas solitárias,
De uma tarde fria e ferida de outono, contrariando os tons de sua nota.

Era bruta, sem lapidar e sem o dom da escuta,
Fazia dela alguém de imagem abrupta, crua,  
E na luta ela era Puta, rolava e beijava na carne vendo escorrer o  sangue.

Quem seria tão infame , de julgar a si mesmo sem ao menos sentir tanto amor,
Queria o terror da dor  em seu gozo , majestoso de ser seu homem ela fazia ele sentir,
E vivendo enclausura ele jamais saberia , que de fato a sua vida já se ia .

Nem precisava viver mais , morreria feliz.