Era um anjo negro,
Que descia entre as lagrimas solitárias,
De uma tarde fria e ferida de outono, contrariando os tons de sua
nota.
Era bruta, sem lapidar e sem o dom da escuta,
Fazia dela alguém de imagem abrupta, crua,
E na luta ela era Puta, rolava e beijava na carne vendo escorrer o sangue.
Quem seria tão infame , de julgar a si mesmo sem ao menos
sentir tanto amor,
Queria o terror da dor em seu gozo , majestoso de ser seu homem ela fazia ele sentir,
E vivendo enclausura ele jamais saberia , que de fato a sua vida já se ia .
Nem precisava viver mais , morreria feliz.